Desde que o mundo é mundo, o humano teme a tecnologia que cria. Estamos vivendo o começo do debate sobre o valor da IA e seus dilemas éticos.
O que é possível perceber, no entanto, é que a raiz do nosso medo é questionar o que é unicamente humano (ou natural) e como lidamos com a artificialidade.
O reconhecimento não só das inteligências naturais mas também humanas é parte de uma corrente que se coloca não como antagonista, mas como complementar.
Linha probiótica de limpeza: ”Feita com microajudantes que continuam trabalhando duro enquanto você relaxa".
A ascensão do "wetware” — o estranho mundo dos fungo-computadores.
OMS promoveu em julho o primeiro workshop global de Biodiversidade, Conhecimento Ancestral, Saúde e Bem-Estar no RJ.
A australiana Cortical Labs, uma startup de “computação biológica” que combina células humanas cultivadas em laboratório com chips de computador, recebeu 10 milhões em investimentos.
CRUNCH BASE
Deezer propõe ferramenta para detectar música gerada por inteligência artificial - Folha de São Paulo
Reality do Netflix desafia confeiteiros a criar bolos em formatos de objetos do dia a dia. Ganha quem enganar melhor.
Ganhamos mais ferramentas para fortalecer narrativas e acelerar nosso trabalho. O sintético ganha peso e borra ainda mais os limites do que é real para nós como humanidade.
“O pensamento crítico nunca foi tão importante. A inteligência, tanto natural quanto artificial, pode organizar, sintetizar e refinar uma grande quantidade de conhecimento, mas com erros contínuos e inerradicáveis.”
O limite difuso entre realidade e artificialidade nos faz exercer um novo papel como administradores e receptores de informação. Se aprendemos a não confiar em pessoas na internet, estamos aprendendo a desconfiar dos formatos que, com sua irrealidade, podem ser danosos.
“Em última instância, arriscaria dizer que essas novas tecnologias são capazes de produzir realidade.”
A programação e recurso de dados dos algoritmos de inteligência artificial precisam ser pensados de forma a intencionalmente quebrar padrões societários que já não nos servem mais. Esse papel também é nosso como usuário, ao contar com a IA para facilitar nossa vida, questionar criticamente os resultados que ela nos gera antes de seguir.
A Unesco tem um material com recomendações em 10 tópicos para construção de uma IA centrada nos direitos humanos.
“A moça ideal construída pela IA é uma mistura de 50% de Barbie, 35% de super-heroína, 10% de princesa da Disney e 5% de atriz pornô sueca”
“Se continuarmos a agenda como sempre, as novas capacidades de IA vão ser novamente usadas para garantir lucro e poder, ao mesmo sem querer destruindo fundamentos da nossa sociedade.” -Yuval Harari