Com a pandemia, fomos forçados a nos isolar e encontrar novas formas de estabelecer relações. Anos depois, podemos dizer que ainda estamos nos testando em relação a melhor forma de nos conectarmos. Ao mesmo tempo em que as redes sociais potencializam a solidão (ter muitos amigos versus não ter realmente nenhum), já entendemos o quanto a natureza humana depende da conexão para se manter sadia.
Se de um lado vemos a (re)conexão social assumindo novas formas, o isolamento nos colocou frente a clássicos dilemas humanos: o quão pequenos somos neste mundo?
De acordo com relatório da Meta, estamos expandindo nosso relacionamento com o céu seja por motivos científicos, seja por motivos espirituais. O relatório mostra um aumento de geração de conteúdo sobre assuntos como ciência planetária e astrologia chinesa.
Impulsionados pela impossibilidade de nos conectarmos com outras pessoas, vimos a oportunidade de conexão com a natureza de novas formas: assistir aos pássaros pela janela, fazer uma trilha ou um piquenique no parque. Segundo pesquisa do governo britânico, 68% das pessoas disseram que estão tendo mais tempo para se conectar com a natureza no dia a dia, o que inclui ações como ouvir os pássaros e assistir a borboletas.
Americana comprou uma ilha remota no Maine para morar sozinha durante um período do ano.
The New York Times
Em tempos de reinvenção de como nos conectamos digitalmente, vemos o reforço do poder das comunidades. A tendência de gerar comunidades ao redor de marcas e apostar no vínculo afetivo das pessoas não é novidade, mas a vida cada vez mais online potencializa a possibilidade de conexão ao redor do globo, unindo grupos em prol de uma causa única (ou uma marca).
Segundo pesquisa da Accenture, as pessoas querem comprar produtos e serviços baseados nas recomendações de pessoas em que elas confiam – podem ser familiares, amigos e comunidades, e também influencers considerados autênticos que elas sigam nas redes sociais.
Esse movimento resultou em uma nova onda nas redes sociais de conteúdos gerados por usuários (mais comum em inglês: user-generated content, ou UGC), em que produtos são testados em contexto de vida real, sem o dilema de uma review financiada pela empresa.
Nos últimos anos, reviews de produtos na Shein ganharam destaque, com usuários comuns não se limitando ao tentar ajudar outros consumidores que desejam comprar. As reviews inusitadas chegam a ser engraçadas, e ao mesmo tempo geram uma sensação de comunidade.
Nos últimos anos, reviews de produtos na Shein ganharam destaque, com usuários comuns não se limitando ao tentar ajudar outros consumidores que desejam comprar. As reviews inusitadas chegam a ser engraçadas, e ao mesmo tempo geram uma sensação de comunidade.