Se durante o período de lockdown o movimento de apoiar os pequenos negócios significou a sobrevivência dos mesmos, em um contexto com a escassez de recursos financeiros e uma constante instabilidade no cenário econômico o que é mais barato (e mais rápido) acaba prevalecendo. E de lá pra cá, a crise atingiu os grandes também.
Americanas, Tupperware, Tok&Stok, Amaro, Livraria Cultura, Marisa — não foram poucas as marcas que pediram recuperação judicial ou falência em 2023. Problemas de gestão e falta de transparência começam a ser questões mais disseminadas por corporações que até então serviam de exemplo.
Mesmo com a alta concorrência, players consolidados como Amazon e TikTok têm conseguido surfar entre todas as gerações e são os ambientes preferidos do público para receber anúncios. No Reino Unido, o TikTok lançou seu primeiro e-commerce, chamado de “Trendy Beat”. A ideia é aproveitar o hype de produtos que aparecem no feed e oferecê-los diretamente aos usuários. A Amazon teve o melhor Prime Day em 2023 de todos os tempos e conquistou inclusive os jovens, devido à sua maior presença nas mídias sociais, especialmente no TikTok.
De acordo com a eMarketer, 58% dos adultos se tornaram menos leais a uma marca devido ao aumento dos custos. Os consumidores também têm pesquisado muito mais antes de apertar o botão.
Dados do Amazon Conecta, evento da empresa para empreendedores de e-commerce, mostram que 99% dos 50 mil vendedores parceiros são pequenas e médias empresas, que geram 54 mil empregos diretos e indiretos no Brasil. O digital tem crescido, mesmo entre os pequenos negócios, e a conveniência ganhou espaço — tanto pela facilidade quanto por questões financeiras.